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sábado, março 04, 2006

Colher de Chá 2 - a vingança
























Esta foi a segunda, e até à data a última festa do projecto Colher de Chá. Espero que um dia deste se possa repetir a proeza talvez com a participação de outros bons amigos que não chegaram a pôr música. A festa foi uns meses depois da primeira, foi muito boa também mas não chegou a ter o impacto da anterior. Desta vez fomos 13, com a adição do incomparável MC Bezegol. Vejam lá se conseguem descobrir onde é que eu fiquei.
1999

sexta-feira, março 03, 2006

Colher de chá























Aqui está ele, o meu primeiro flyer. Ora, estávamos em 1999 penso eu de que, a trabalhar sossegadamente na Valentim de Carvalho quando tiveram a brilhante ideia de fazer uma festa com uma data de dj's, pseudo-dj's e ainda gajos que nunca puseram música na vida nem no jantar de família como eu aqui. Passo a explicar: em 98, no mesmo mês em que arrancam as aulas do meu pimeiro ano na Esad, no curso de design e comunicação, começo também a trabalhar na Valentim de Carvalho no NorteShopping que tinha acabado de abrir. A fazer de conta que percebia de música, lá me ia safando tentando ao mesmo tempo fazer o curso o que provou ser um desatre completo, mas isso explico melhor noutra altura. Como na Esad chulam-nos indecentemente os bolsos, e como não tinha grande corpinho para vender na esquina da minha rua, não tive outra escolha senã ir trabalhar para o shopping. Mas não me arrependi nada, trabalhávamos muito, comiamos mal e ganhávamos ainda pior. Valia mais pela música que ouviamos, que iamos conhecendo, e claro pelas pessoas. Havia realmente um grupo excelente de pessoas que de uma maneira ou de outra estavam ligadas à música, assim, com estes talentos todos, resolvemos criar a "colher de chá", com dois volumes para já, em que cada um de nós punha pouco mais de meia-hora de música. Ora, a única experiência que eu tinha era na mesa de mistura da própria loja onde eu ia fazendo umas brincadeiras, como não era terrivelmente mau ao ponto de expulsar os clientes, lá entrei na folia. Devo dizer que a noite correu muito bem, o ribeira d'ouro serviu de palco e foi um a seguir ao outro, uma dúzia no total. Com (a contar da fila de cima), Slimmy, a tocar ao vivo os seus electro pop freaky beats; Fidbek in da house com hip hop portuga ao mais alto nivel; Rui Mendes numa lição Housy Acid Jazz; Subway em drum n bass; Ricardo Caseiro num downtempo brokenbeat; na fila de baixo, Pedro Moreira a abrir com tudo, inclassificável; yours truly André Roquette a lutar com os discos de Garage House cedidos gentilmente pela Valentim, uma exibição fugaz que deu muita matéria para piadas, ainda assim consegui um set de mistura razoavelmente decente; tinhamos Tiago Dias, o expert em deep soulfull house disco sounds; a pequena (grande) Leonor Galvão com downtempo electro jazzy; Pedro Angelo com trip hop bigbeat madness; Tilinhos no jungle/drum n bass; e ainda Luis Calçada num electro insane. Foi assim a partir daqui que iniciei a minha carreira, não de dj mas de designer gráfico freelancer. Só falta dizer que este flyer vinha em duas versões, esta em fundo beje e outra a prateado.